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O que é TDAH??

Distúrbio de crianças muito ativas, impacientes e desatentas tem agora tratamento integrado
Por Fernanda Colavitti
Qual família não tem ou teve um garoto endiabrado que carrega o rótulo de malcriado ou pestinha, por se comportar como "um capeta em forma de guri", como dizia a música dos anos 60? Muitos pais recebem reclamações freqüentes dos professores sobre a indisciplina e a falta de atenção do filho em sala de aula. Ao mesmo tempo, não sabem o que fazer quando ele está em casa correndo para todos os lados, trepando nos móveis e quebrando os enfeites da sala. É hora, então, de procurar conhecer o alcance do problema. Na maioria dos casos, a agitação tende a se acalmar com o avanço da idade, mas pode ser também que a criança esteja sofrendo de transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), distúrbio que atinge de 3% a 5 % da faixa etária entre 6 e 13 anos. Até o fim da década de 80, falava-se somente em hiperatividade, uma das manifestações mais conhecidas, caracterizada pelo alvoroço permanente. Mais recentemente, o distúrbio passou a ser tratado de maneira ampla, incluindo sintomas de impulsividade (como a impaciência) e a desatenção (esquecimento ou dispersão, por exemplo). Hoje, o TDAH conta com atenção especial e ganhou um setor exclusivo no Hospital das Clínicas de São Paulo, o primeiro do gênero no Brasil. É o Ambulatório para Distúrbios Hiperativos e Déficit de Atenção, coordenado pelo psiquiatra Enio Roberto de Andrade. Segundo ele, para que o comportamento seja diagnosticado como TDAH, é preciso que estejam presentes no mínimo seis características do bloco hiperatividade e impulsividade ou seis de desatenção (veja quadro), por pelo menos seis meses.
Nas meninas, destaca-se o problema da desatenção. A dificuldade em diagnosticar o problema nas meninas deve-se justamente ao desconhecimento da desatenção como uma das manifestações do TDAH, já que durante algum tempo foi difundida a idéia de que o distúrbio era somente a hiperatividade, mais presente no sexo masculino. Segundo o psiquiatra Paulo Mattos, vice-presidente da Associação Brasileira do Déficit de Atenção (Abda), há uma predisposição genética ao distúrbio, que pode manifestar-se logo nos primeiros meses de vida ou ser desencadeado por fatores psicológicos até os 7 anos. As crianças mostram alterações no processo de desenvolvimento neurológico e emocional. Ficam irritadiças, choram excessivamente nos primeiros meses de vida, movimentam-se bastante durante o sono e acordam várias vezes à noite. Quando começam a andar, precisam ser constantemente vigiadas pelos pais, caso contrário quebram seus brinquedos e aprontam outras artes do gênero. Na idade pré-escolar, há um desenvolvimento mais lento da fala, com omissões e distorções fonéticas, como trocar a letra r pela l. Em casa, correm o tempo todo, não conseguem ficar sentadas em frente da TV assistindo a um desenho ou filme, não têm paciência para brincar com um só brinquedo e não sabem ouvir um "não". Outras também convivem com a falta de coordenação motora, a dificuldade no desenvolvimento da noção espacial e a incapacidade de reconhecer símbolos gráficos semelhantes, como as letras b, p, q e d. Como se vê, não é um diagnóstico trivial, pois corre-se o risco de uma abordagem simplista e errônea, isto é, enquadrar toda criança espoleta na categoria. Os pais devem procurar um especialista, para identificar a intensidade do problema e prescrever o melhor tratamento, que, em geral, lança mão de remédios. "Dependendo das manifestações clínicas, podem ser necessários complementos, como uma terapia fonoaudiológica ou psicopedagógica", explica o médico Enio Roberto de Andrade. "A chance de recuperação é muito boa." Quanto mais cedo se diagnosticar o problema, menores serão as conseqüências psicológicas no decorrer dos anos. Contudo, se nada for feito, a situação poderá até levar a casos mais preocupantes na idade seguinte – adolescentes que praticam atos de vandalismo, envolvem-se em brigas freqüentes, têm precocidade sexual, exibem condutas desafiadoras diante de pai e professores ou estão mais expostos ao consumo de drogas. Em ebulição permanente As manifestações de TDAHI apresentam-se em três grupos de Comportamento:
Hiperatividade:

*A criança está constantemente agitada;
*Movimenta as mãos e pés frequentemente
*Não consegue permanecer sentada por muito tempo.Remexendo-se na cadeira ou abandonando-a várias vezes em sala de aula;
*Corre em vez de andar,e sobe com frequencia em lugares inapropriados (móveis, muros, árvores);
*Tem dificuldade em se concentrar num único brinquedo ou se envolver silenciosamente numa atividade de lazer;
*Fala demais e muito rápido.

Impulsividade:

*Não consegue esperar até que uma pergunta seja concluída para responder;
*Tem dificuldade para aguardar sua vez em qualquer atividade ( na fila da escola, por exemplo);
*Interrompe e se intromete em conversas alheias constantemente.

Desatenção:

*Evita tarefas que requerem esforço mental por longo tempo;
*Esquece as atividades diárias;
*Não consegue se concentrar em tarefas repetitivas e distraí-se com qualquer ruído externo;
*Não consegue seguir intruções até o final nem terminar trabalhos;
*Tem dificuldades para organizar tarefas e trabalhos;
*Perde com frequência brinquedos e material escolar;
*Tem dificuldade em prestar atenção quando lhe falam diretamente;
*Não observa detalhes e comete erros por descuido em exercícios escolares e outras atividades;
*Tem baixo rendimento escolar.
Foi publicado na Revista Veja (12/2000)

Minha filha tem TDAH



A princípio esse blog foi criado apenas para compartilhar imagens, mas descobri recentemente que minha filha tem "Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade - TDAH". Isso não é comum em meninas, a TDAH é uma coença que faz com que a criança seja agitada, tenha dificuldade em aprenser e na maioria dos casos tratadas com medicação.
É dificil lidar com isso por que é minha única filha e eu nunca conheci alguém com esse rpoblema:
"O percentual de crianças com hiperatividade é grande?

É grande. Chega à faixa dos 10% no pré-escolar e 4,5% no escolar.
Temos dois tipos de crianças com hiperatividade, os que têm problemas escolares, pela dispersão, desatenção, falta de concentração e em conseqüência do seu comportamento não conseguem atingir os objetivos no aprendizado; temos hiperativos com um desempenho escolar muito bom, conseguem fazer as tarefas muito rapidamente, mas não ficam quietos, atrapalham a dinâmica da classe e por este motivo a feitura da tarefa pelos outros alunos, passam a ser também mal quistos pelos colegas e até rejeitados pelo grupo porque acabam incomodando aqueles que querem aprender e não conseguem por estarem sendo incomodados."
Assim é minha filha, amo muito ela e me sinto triste por não conseguir fazer mais por ela.



Filhos especiais são para mães especiais, Deus não te daria ele se soubesse que vc não teria capacidade de dar o melhor de si por ele.

Esta frase copiei do orkut, dita à uma mãe em sua primeira consulta ao neuropediatra.

para o dia das maes






sexta-feira, 28 de maio de 2010

O que é TDAH??

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Distúrbio de crianças muito ativas, impacientes e desatentas tem agora tratamento integrado
Por Fernanda Colavitti
Qual família não tem ou teve um garoto endiabrado que carrega o rótulo de malcriado ou pestinha, por se comportar como "um capeta em forma de guri", como dizia a música dos anos 60? Muitos pais recebem reclamações freqüentes dos professores sobre a indisciplina e a falta de atenção do filho em sala de aula. Ao mesmo tempo, não sabem o que fazer quando ele está em casa correndo para todos os lados, trepando nos móveis e quebrando os enfeites da sala. É hora, então, de procurar conhecer o alcance do problema. Na maioria dos casos, a agitação tende a se acalmar com o avanço da idade, mas pode ser também que a criança esteja sofrendo de transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), distúrbio que atinge de 3% a 5 % da faixa etária entre 6 e 13 anos. Até o fim da década de 80, falava-se somente em hiperatividade, uma das manifestações mais conhecidas, caracterizada pelo alvoroço permanente. Mais recentemente, o distúrbio passou a ser tratado de maneira ampla, incluindo sintomas de impulsividade (como a impaciência) e a desatenção (esquecimento ou dispersão, por exemplo). Hoje, o TDAH conta com atenção especial e ganhou um setor exclusivo no Hospital das Clínicas de São Paulo, o primeiro do gênero no Brasil. É o Ambulatório para Distúrbios Hiperativos e Déficit de Atenção, coordenado pelo psiquiatra Enio Roberto de Andrade. Segundo ele, para que o comportamento seja diagnosticado como TDAH, é preciso que estejam presentes no mínimo seis características do bloco hiperatividade e impulsividade ou seis de desatenção (veja quadro), por pelo menos seis meses.
Nas meninas, destaca-se o problema da desatenção. A dificuldade em diagnosticar o problema nas meninas deve-se justamente ao desconhecimento da desatenção como uma das manifestações do TDAH, já que durante algum tempo foi difundida a idéia de que o distúrbio era somente a hiperatividade, mais presente no sexo masculino. Segundo o psiquiatra Paulo Mattos, vice-presidente da Associação Brasileira do Déficit de Atenção (Abda), há uma predisposição genética ao distúrbio, que pode manifestar-se logo nos primeiros meses de vida ou ser desencadeado por fatores psicológicos até os 7 anos. As crianças mostram alterações no processo de desenvolvimento neurológico e emocional. Ficam irritadiças, choram excessivamente nos primeiros meses de vida, movimentam-se bastante durante o sono e acordam várias vezes à noite. Quando começam a andar, precisam ser constantemente vigiadas pelos pais, caso contrário quebram seus brinquedos e aprontam outras artes do gênero. Na idade pré-escolar, há um desenvolvimento mais lento da fala, com omissões e distorções fonéticas, como trocar a letra r pela l. Em casa, correm o tempo todo, não conseguem ficar sentadas em frente da TV assistindo a um desenho ou filme, não têm paciência para brincar com um só brinquedo e não sabem ouvir um "não". Outras também convivem com a falta de coordenação motora, a dificuldade no desenvolvimento da noção espacial e a incapacidade de reconhecer símbolos gráficos semelhantes, como as letras b, p, q e d. Como se vê, não é um diagnóstico trivial, pois corre-se o risco de uma abordagem simplista e errônea, isto é, enquadrar toda criança espoleta na categoria. Os pais devem procurar um especialista, para identificar a intensidade do problema e prescrever o melhor tratamento, que, em geral, lança mão de remédios. "Dependendo das manifestações clínicas, podem ser necessários complementos, como uma terapia fonoaudiológica ou psicopedagógica", explica o médico Enio Roberto de Andrade. "A chance de recuperação é muito boa." Quanto mais cedo se diagnosticar o problema, menores serão as conseqüências psicológicas no decorrer dos anos. Contudo, se nada for feito, a situação poderá até levar a casos mais preocupantes na idade seguinte – adolescentes que praticam atos de vandalismo, envolvem-se em brigas freqüentes, têm precocidade sexual, exibem condutas desafiadoras diante de pai e professores ou estão mais expostos ao consumo de drogas. Em ebulição permanente As manifestações de TDAHI apresentam-se em três grupos de Comportamento:
Hiperatividade:

*A criança está constantemente agitada;
*Movimenta as mãos e pés frequentemente
*Não consegue permanecer sentada por muito tempo.Remexendo-se na cadeira ou abandonando-a várias vezes em sala de aula;
*Corre em vez de andar,e sobe com frequencia em lugares inapropriados (móveis, muros, árvores);
*Tem dificuldade em se concentrar num único brinquedo ou se envolver silenciosamente numa atividade de lazer;
*Fala demais e muito rápido.

Impulsividade:

*Não consegue esperar até que uma pergunta seja concluída para responder;
*Tem dificuldade para aguardar sua vez em qualquer atividade ( na fila da escola, por exemplo);
*Interrompe e se intromete em conversas alheias constantemente.

Desatenção:

*Evita tarefas que requerem esforço mental por longo tempo;
*Esquece as atividades diárias;
*Não consegue se concentrar em tarefas repetitivas e distraí-se com qualquer ruído externo;
*Não consegue seguir intruções até o final nem terminar trabalhos;
*Tem dificuldades para organizar tarefas e trabalhos;
*Perde com frequência brinquedos e material escolar;
*Tem dificuldade em prestar atenção quando lhe falam diretamente;
*Não observa detalhes e comete erros por descuido em exercícios escolares e outras atividades;
*Tem baixo rendimento escolar.
Foi publicado na Revista Veja (12/2000)

Minha filha tem TDAH

2 comentários


A princípio esse blog foi criado apenas para compartilhar imagens, mas descobri recentemente que minha filha tem "Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade - TDAH". Isso não é comum em meninas, a TDAH é uma coença que faz com que a criança seja agitada, tenha dificuldade em aprenser e na maioria dos casos tratadas com medicação.
É dificil lidar com isso por que é minha única filha e eu nunca conheci alguém com esse rpoblema:
"O percentual de crianças com hiperatividade é grande?

É grande. Chega à faixa dos 10% no pré-escolar e 4,5% no escolar.
Temos dois tipos de crianças com hiperatividade, os que têm problemas escolares, pela dispersão, desatenção, falta de concentração e em conseqüência do seu comportamento não conseguem atingir os objetivos no aprendizado; temos hiperativos com um desempenho escolar muito bom, conseguem fazer as tarefas muito rapidamente, mas não ficam quietos, atrapalham a dinâmica da classe e por este motivo a feitura da tarefa pelos outros alunos, passam a ser também mal quistos pelos colegas e até rejeitados pelo grupo porque acabam incomodando aqueles que querem aprender e não conseguem por estarem sendo incomodados."
Assim é minha filha, amo muito ela e me sinto triste por não conseguir fazer mais por ela.



Filhos especiais são para mães especiais, Deus não te daria ele se soubesse que vc não teria capacidade de dar o melhor de si por ele.

Esta frase copiei do orkut, dita à uma mãe em sua primeira consulta ao neuropediatra.

sábado, 8 de maio de 2010

para o dia das maes

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